Em seu novo trabalho a professora encontrou indícios de que jogadores possuem melhor acuidade visual, capacidade superior de concentração e maior desenvolvimento cognitivo, "jogadores podem executar certas tarefas que exigem atenção, velocidade, precisão e observação mais rápidos, e simultaneamente, que não jogadores" afirma o estudo.
Bavelier descobriu que jogadores tem maior sensibilidade ao contraste, que é a habilidade visual que possibilita a visão de detalhes quando há exposição a diferentes níveis de contraste. Esta informação visual é muito importante em várias ocasiões, como por exemplo:
- Comunicação interpessoal: as sombras tênues em nossos rostos carregam a informações visuais relacionadas às expressões faciais.
- Orientação e mobilidade: necessitamos ver formas críticas de baixo-contraste como o meio-fio e degraus da escada, por exemplo. No trânsito, várias situações estão em nível baixo de contraste, como enxergar ao anoitecer e durante a noite, na chuva, no nevoeiro.
- Tarefas domésticas: há numerosas situações visuais em baixo contraste, como corte de alimentos, verificando a qualidade ao passar a ferro, etc.
- Tarefas próximas de visão: durante a leitura e escrita, se a informação está em baixo contraste como em cópias de má qualidade ou em uma anotação pouco legível, etc.
Um outro estudo, publicado anteriormente pelo professor de psicologia Jay Pratt (Universidade de Toronto), já havia apontado um estudo semelhante onde identificou que jogadoras tinham capacidade de reconhecimento espacial equiparada a dos homens. Segundo o professor, mulheres normalmente tem maior dificuldade de reconhecimento espacial os homens, os jogos serviram para equilibrar a diferença entre os gêneros.
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