Novo estudo conduzido pelo Departamento de Psicologia, do Curso de Medicina da Universidade de Yale, procura entender as correlações clínicas, diferenças de gênero e o vício em jogos eletrônicos.
O estudo tomou como base 4.000 alunos do ensino médio, entre 14 e 18 anos, e chegou a conclusão de que em situações de jogatina normal, enquanto em homens não existem relações negativas graves ligadas aos jogos eletrônicos, no grupo de mulheres pesquisadas os jogos servem como exteriorização de traços de violência.
Para o grupo estudado o porcentual de jogadores viciados foi baixo, tanto entre homens (5,8%) como mulheres (3%), e foi identificado como rotinas diárias longas de jogo e a necessidade extrema em se engajar a uma partida individual ou em grupo. Como jogos não possuem potencialização química de vício, o problema foi encaixado como desordem de controle impulsivo (que coloca o vício em jogos no mesmo balaio psiquiátrico de cleptomania e piromania, por exemplo). Os jogadores viciados demonstraram traços psicológicos como: desvio de atenção, baixo auto-controle, agressividade e hiperatividade. Os jogos para esse grupo serviam mais como forma de trabalhar emoções negativas.
No grupo de jogadores casuais, o estudo identificou que entre homens os jogos estão ligados a aspectos sociais e clínicos positivos, como boa performance acadêmica, nenhum vício narcótico e comportamento pró-social (o que se pode somar aos aspectos de acuidade visual, noção espacial e nível de atenção levantados por estudos anteriores). Entre as mulheres o estudo identificou uma correlação psicológica diferente dos homens. Muito embora elas não tenham demonstrado registros de depressão, os jogos servem como exteriorização de aspectos agressivos de uma forma recreativa, com o intuito de controle de temperamento.
O estudo não é conclusivo, e pretende se aprofundar com o intuito de estabelecer "níveis de consumo saudáveis" de jogos eletrônicos para grupos viciados.
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